sábado, 3 de maio de 2014

Amargo sabor

Doces estúpidos se divertem no quintal
Uma pet garrafa, um cão e parece certa a diversão
Aqui do quarto o que vejo é doce poluição
Até fui convidado, não entenda mal
poderia cair bem, mais um no quintal,
a dispensar necessidades de conexão
conectando ao mundo autonomia em adoração!
Sacrifício do corpo e resgate da alma, que tal?
Posso até ser o estupido, aceito a acusação,
porém descer pra brincar, hoje não.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Três Voltas


Loko: Yehh
Psicólogo: O que significa, pra você, esses cinco dedos em riste na palma estendida de sua mão?
Pensador: Na tentativa de habitar esse território, de fazer contato com os que já habitam, o loko apresenta uma simbologia estranha demais para que seus interlocutores o reconheçam e legitimem seu gesto como um "fazendo parte".
Loko: Bate aqui!
Psicólogo: Você está pedindo pra eu bater em você?
Pensador: Ainda não destituído de seu vigor desbravador, o Loko, se lança mais uma vez em sua difícil empreitada de produção de identidade para, enfim poder descansar-se da direção de sua morte, repousar na responsabilidade compartilhada com um grupo de seres ameaçados, por isso ameaçadores, caso identifiquem algum perigo no Loko.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Suponho Ser Importante.




There's nothing you can know that isn't known
Nothing you can see that isn't shown
Nowhere you can be that isn't where you're meant to be
It's easy
All you need is love
All you need is love
All you need is love, love
Love is all you need

Amor é
tudo o que precisamos! Foi o que nos disseram John Lennon & Paul McCartney, também o nosso Renato Russo nos disse a mesma coisa servindo-se de outras palavras:

Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos,
Sem amor eu nada seria.

Atualmente, em minha pesquisa sobre Gestalt-terapia de curta duração e o lugar do psicólogo na terapia, me instiga encontrar o que atravessa a postura do intitulado psicólogo, o qual atualmente ocupa os mais inusitados cargos.
Durante esta empreitada tenho me deparado muitas vezes com a idéia de Ética, algo totalmente diferente da idéia de Moral, pois sugere um conjunto de regras que são de cada um e não vem de convenções sociais ou de qualquer outro poder instituinte com o plano de delimitar os corpos, o ser em questão, que segundo a minha compreensão de humanismo, deve Ser livre! Então me deparo com a seguinte formulação, de Jorge Ponciano Ribeiro:

            Acredito que só quando se vive uma postura autenticamente amorosa é possível encontrar a estrada do meio, entrar sem arrombar, semear sem esperar ter de colher, de dar as mãos sem conduzir.

            Deparei-me com isto justo quando vivia uma tensão com uma paciente minha, senti que me desconectamos, por um tempo considerável, por não saber se ela estava mentindo pra mim, o conhecimento teórico eu já tinha a respeito dessa situação, acontece que na prática, é sempre diferente, costumo dizer que: “Não importa o que você imaginar, será diferente”, pois, foi diferente, fiquei incomodado e este sentimento me atormentou, até eu perceber que esse sentimento era impaciência, queria que fosse ao meu tempo e nesse momento eu estava vivendo uma postura de desamor.

            Tudo bem, parece já ter ficado claro, Amor é o que precisamos! Mas o que é amor? Pode parecer algo simples e na verdade é mesmo. Vivemos em uma sociedade tão complexa que muitas vezes não conseguimos ver as coisas mais simples deixando passar despercebido o poder de um “bom dia” ou um “muito obrigado”, simpatia é quase amor.
           
            Recordo quando formulei a minha primeira definição de amor durante uma conversa com uma amiga de turma no inicio da faculdade. Jar Jar Bin se lembrará disso? Amar está além de sentir-se bem com alguém, amor não se tem se sente e no instante seguinte pode estar ausente. Esta definição serviu até outro dia, quando a caminho de casa vi no ônibus outra definição mais simples: Amar é encontrar na felicidade do outro sua própria felicidade. Não creio ter me equivocado em minha primeira formulação, aquele sentimento tão singular que dispensa palavras e nos coloca em sintonia com outro Ser não pode ser outra coisa.
            Pensei... Mas e se o outro estiver triste? Ficando triste não posso alegrar ninguém. Se eu amo verdadeiramente encontro felicidade simplesmente por estar perto, esteja o outro feliz ou triste. Então talvez fosse mais apropriado dizer: Amar é encontrar felicidade no outro. Mas, estando sozinho, não amo? Claro que sim, afinal quem não consegue ficar sozinho não costuma ser boa companhia. Então penso que: Amar é encontrar felicidade! =DDDDDDDDDDHahahauahhuaiaiauahirssrssrss  :PsicoLoko,

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Psicologia


“O Filósofo Gilles Deleuze (1988) afirmava que os homens raramente exercitam o pensamento e quando o fazem, é mais sob um choque, um golpe, do que no elã de um gosto.”
            Pensando no trabalho clínico, este recorte me parece fazer ainda mais sentido, pois não é por acaso que se fala tanto em angustia quando vai se falar de tratamento terapêutico. Até mesmo quando recorremos a ditos como: “A necessidade faz o sapo pular”ou “Time que tá ganhando não se mexe”. Podemos concluir o que deveria ser óbvio: A felicidade e o conforto tendem à acomodação. O que quero dizer é que ao contrário do que os ditos populares nos mostram a sociedade não valoriza devidamente os confrontos.
            Vivemos em uma sociedade onde o que predomina não é a política ontológica e sim o instrumentalismo, as coisas todas tendem a ter uma função pré estabelecida, o improviso não é bem vindo e o mal entendido muito menos visto como promissor.
            Em uma sociedade onde exista um padrão a ser desejado, como incluir o diferente, sem que este seja somente visto a partir de sua falta? O texto nos faz pensar que esse sujeito que não compreende a ordem, não deve ser ignorado, a próprio mal entendido se mostra como uma possibilidade de outro tipo de relação, onde ele sai da posição de sujeito dócil, passivo às intervenções, substituímos assim uma certa ordenação estável das coisas, por uma bifurcação que amplie as perspectivas.
            Confrontando o método ortopédico de pesquisa euro americano com a política ontológica podemos observar o quanto fica de fora nas pesquisas clássicas que faz com que o distinto seja classificado como uma falha no conhecer, algo que deva ser corrigido.
            A subversão do modelo euro americano consiste em uma prática performática, que fazem existir realidades que nunca antes estiveram presentes, a não ser na própria prática ,enact, na prática os objetos são feitos.
            Para saber da cegueira é preciso interpelar o sujeito, não como objeto dócil, mas como um expert, que pode nos mostrar a multiplicidade da cegueira, que se amplia ainda mais no ato de pesquisar, com ele, o que faz da pesquisa, também um ato clínico.
            Jorge Luiz Borges, em seu texto intitulado, “A cegueira” nos conta sobre a sua cegueira de uma forma minuciosa e rica em detalhes como somente alguém que fala de sua própria vivência pode nos contar, diz que sua cegueira não é negra como muitos imaginam e que seria muito se assim o fosse, conta como foi perdendo a visão e que ainda pode ver algumas cores, ele nos diz muito bem das coisas que lhe foram possibilitadas por ter ficado cego, diz que as pessoas são mais amáveis com os cegos e que já ganhou muitas coisas sem merecer, ele julga perder a visão não ser a maior infelicidade da vida, onde por exemplo: teve a oportunidade de ficar ainda mais intimo de si próprio. Cita um dito socrático: Quem melhor pode se conhecer que um cego?

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Ah o Bobo!


Como ser bobo e não correr o risco de ser, às vezes, demasiado humano?
O Ser-Bobo existe com o pé na consciência de que não há piada mais risível que a própria vida, enquanto o Ser - Humano... Ah! Sobre esse, vou dizer apenas que, o coitado acreditou na Piada, e pior, leva a sério! Tudo bem se dou risada durante o tele jornal? Insensível! Tudo bem se levo a sério a grande família? (Qual grande família?)
Sinto intensamente a inversão de valores, onde o que deveria ser individual torna-se coletivismo, e na onda do ismo vai também o que deveria ser coletividade e vira individualismo. Onde encontro o sabor perfeito ao meu paladar, fast food? Considerando que emoção seja, de fato, a única coisa nossa que possuímos de original, pra que chorar em casamento? Do meu desejo eu que sei. Mesmo alguém dizendo de uma produção em massa! Tudo bem, eu quero uma jaqueta de couro legítimo! Vai ser tipo: A jaqueta! Mas o que sou não se resume!
Sonho com o dia onde a carreira artística/profissional será algo menos individual, pois, pra mim, não existe crescer sem o “outro”? Faz parte da inversão à qual me refiro, acreditar na fantasia de que, o seu futuro profissional, depende apenas de você, sendo que este deveria ser o projeto mais coletivo de todos.
Sendo loko posso publicar coisas que o Victor não diria em público! Sendo bobo posso rir dessas coisas e convidar pessoas a rir também! Estando aberto ao outro, posso saber que efeito eu causo nas pessoas e com elas aprender a modificar o que não for mais interessante!

PS: Quanta Bobeira!
PS2: Eu disse Bobeira, não bobagem!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Aos que permanecem comigo


Quando digo “amo você” estou apenas nomeando um estado de espírito, que está além de sentir-se bem com alguém, instante único onde seres não se distinguem, a sonoridade em vários tons é capaz de dizer a mesma nota, tão grande é a sintonia que impossível seria vibrar sozinho sem no outro incitar melodia...